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16/03/2007
Arnaldo Antunes pulsa muito mais suave no palco do Teatro Fecap


Cantor se apresenta, de hoje até domingo, com um estilo mais tranqüilo e menos gritado



Gustavo Miranda

Como diria uma das letras mais famosas de Arnaldo Antunes, do tempo em que ele ainda estava à frente do grupo “Titãs”, “o pulso ainda pulsa”. Mas, claramente, em um ritmo muito menos intenso que em outros tempos. É isso que os fãs do cantor e compositor perceberão hoje, amanhã e domingo, no palco do Teatro Fecap, durante o show que encerra temporada do CD “Qualquer”. O tradicional estilo gritante de Antunes dá lugar a uma performance muito mais intimista e calma.

O espetáculo foi criado com base no disco homônimo e concebido a partir de dois desejos do cantor. O primeiro era o de gravar com os músicos tocando juntos. “Diferentemente dos meus últimos discos, em que as gravações aconteciam por etapas e as camadas de instrumentos iam aos poucos se somando e compondo os arranjos, nesse disco, o resultado foi se formando antes, em dois meses de ensaios entre São Paulo e Rio de Janeiro, para ser registrado em apenas três dias”, afirma o cantor, em entrevista exclusiva ao Metrô News, após passagem de som com sua banda.

O segundo desejo era o de ressaltar um lado que vem aos poucos aparecendo mais no trabalho do ex-Titã – o canto grave, apoiado por um contexto musical mais sereno. “Com os ‘Titãs’ aprendi a cantar berrado. Para soar potente com o peso daquele som, os tons escolhidos para as músicas tinham de ser altos, para que fossem alcançados com mais volume de voz. O desejo era cantar sujo, rasgado, incorporando ruído à voz”, explica.

Além disso, no palco do Teatro Fecap, “Qualquer” precisou sofrer algumas adaptações. No disco, o piano e uma série de instrumentos de cordas davam ritmo às músicas. Já para a temporada de shows, Antunes escolheu ser acompanhado apenas pelos músicos Chico Salem (violões), Betão Aguiar (violão e guitarra) e Marcelo Jeneci (teclados e acordeon). Não há bateria nem percussão no espetáculo. “Passei a me sentir mais livre para experimentar outros gêneros, outras formações instrumentais e outros registros de canto”, alega o cantor e compositor.

Entre as músicas do novo trabalho que serão apresentadas, estão parcerias com Carlinhos Brown (“O Silêncio” e “Contato Imediato”, esta última também com Marisa Monte), Adriana Calcanhoto (“Para Lá”) e outros artistas. Há ainda releituras de “Acabou Chorare” (Moraes Moreira e Galvão), “Qualquer Coisa” (Caetano Veloso), “Judiaria” (Lupicínio Rodrigues) e “Exagerado” (Cazuza, Ezequiel Neves e Leoni). Dois clássicos dos Titãs também estão no repertório: “Não Vou me Adaptar” (Arnaldo Antunes) e “O Pulso” (Arnaldo Antunes, Tony Bellotto e Marcelo Fromer).


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